LUIZ HENRIQUE JACY MONTEIRO E O ENSINO SECUNDÁRIO DE MATEMÁTICA
DOI:
10.47976/RBHM2012v12n2455-70Palavras-chave:
Matemática, História, Jacy Monteiro, Ensino SecundárioResumo
O propósito deste artigo é levantar alguns elementos que possam contribuir para a compreensão das relações entre matemáticos e professores de matemática, por meio de uma análise crítica da trajetória profissional do matemático Luiz Henrique Jacy Monteiro (1921-1975). Essa análise foi elaborada sob o ponto de vista de duas perspectivas, quais sejam, uma que volta seu olhar para o fazer matemático e, outra, de modo concomitante, que verifica quando e como este se envolve no processo ensino e aprendizagem da Matemática. Destacamos o posicionamento de Jacy Monteiro no ensino superior e secundário, uma vez que publicou livros didáticos para o ensino secundário e superior, manteve contato com eminentes matemáticos do grupo Bourbaki, dentre os quais destacam-se Jean Dieudonné, do qual foi professor assistente, e André Weil. Além de ativo participante do Movimento da Matemática Moderna (MMM), Jacy Monteiro voltou-se para a pesquisa e ensino da Álgebra Moderna e Álgebra Linear, cujos tópicos foram por ele abordados, tanto em cursos de pós-graduação quanto em cursos destinados à graduação e de formação de professores. Além disso, durante sua vida profissional, Jacy Monteiro envolveu-se com organização de revistas, participação na elaboração de material gráfico, catalogação de artigos e periódicos, correspondências com universidades, matemáticos e editoras; onde destacamos sua atuação como secretário geral do Boletim da Sociedade de Matemática de São Paulo e editor do Boletim da Sociedade Brasileira de Matemática. A análise de suas práticas acadêmicas permitiu elucidar alguns pontos que contribuem para uma reconstrução do percurso da História da Educação Matemática no Brasil. Para tanto, utilizamos dados provenientes de documentos produzidos no período que antecede o MMM, como também daqueles produzidos pelo movimento durante seu desenvolvimento ou que abordem de modo efetivo o assunto. Procurando fazer uma leitura crítica das fontes, valemo-nos de aportes teóricos defendidos por Belhoste (1998) e De Certeau (2002; 1982) .
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Referências
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