As matemáticas lidas através de suas próprias palavras: uma cultura de tradução de textos originais de história da matemática
DOI:
10.47976/RBHM2021v21n42i-viPalavras-chave:
.Resumo
Discutir se a matemática constitui a “linguagem” da natureza é uma questão complexa. Saber se a Natureza seria um livro constituído por caracteres matemáticos, como queria Galileu ao situá-lo lado a lado com a Escritura, leva-nos a diversos problemas filosóficos, inclusive no que diz respeito às intrincadas relações entre a matemática e a física. Uma coisa, entretanto, é clara: ainda que se possa discutir em que sentido a matemática seria uma “linguagem”, ela certamente é passível, assim como as línguas naturais, de escrita, de leitura, de interpretação e de tradução. Não cabe aqui desenvolver uma hermenêutica ou uma semiótica das matemáticas (tarefa, aliás, que seria muito bem vinda); destaquemos apenas que, ao traduzir um autor, o tradutor nos abre caminho para que cheguemos mais próximos de um pensamento em sua versão original.
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Referências
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