As matemáticas lidas através de suas próprias palavras: uma cultura de tradução de textos originais de história da matemática
DOI:
10.47976/RBHM2021v21n42i-viKeywords:
.Abstract
Discutir se a matemática constitui a “linguagem” da natureza é uma questão complexa. Saber se a Natureza seria um livro constituído por caracteres matemáticos, como queria Galileu ao situá-lo lado a lado com a Escritura, leva-nos a diversos problemas filosóficos, inclusive no que diz respeito às intrincadas relações entre a matemática e a física. Uma coisa, entretanto, é clara: ainda que se possa discutir em que sentido a matemática seria uma “linguagem”, ela certamente é passível, assim como as línguas naturais, de escrita, de leitura, de interpretação e de tradução. Não cabe aqui desenvolver uma hermenêutica ou uma semiótica das matemáticas (tarefa, aliás, que seria muito bem vinda); destaquemos apenas que, ao traduzir um autor, o tradutor nos abre caminho para que cheguemos mais próximos de um pensamento em sua versão original.
Downloads
Metrics
References
JEAUNEAU, Édouard. 1960. Deux rédactions des gloses de Guillaume de Conches sur Priscien. Recherches de théologie ancienne et médiévale, Julho–Dezembro 1960, v. 27, 212–247.
OLIVEIRA, Zaqueu Vieira; BARBOSA, Gustavo. 2018. Sobre a Importância da Tradução na Pesquisa em História da Matemática. Revista Brasileira de História da Matemática, v. 18, n. 36, 1–9.
SALISBURY, Jean de. 1159. Metalogicon. Disponível em <https://parker.stanford.edu/parker/catalog/fs743fm9703>.
STEINER, George. 2003 [2001]. Gramáticas da Criação. Trad. Sérgio Augusto de Andrade. São Paulo: Globo.
Downloads
Published
Métricas
Visualizações do artigo: 788 PDF (Português (Brasil)) downloads: 19048