As matemáticas lidas através de suas próprias palavras: uma cultura de tradução de textos originais de história da matemática

Autores

  • João F. N. Cortese joaocortese@gmail.com
    Departamento de Fisiologia – IB-USP – campus de São Paulo – Brasil & Laboratoire SPHERE – CNRS & Université de Paris (UMR 7219) – França
    http://lattes.cnpq.br/3324430832612696
  • Fábio Maia Bertato fbertato@unicamp.br
    Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência – UNICAMP – Campinas – Brasil
    http://lattes.cnpq.br/5489913728031899

DOI:

10.47976/RBHM2021v21n42i-vi

Palavras-chave:

.

Resumo

Discutir se a matemática constitui a “linguagem” da natureza é uma questão complexa. Saber se a Natureza seria um livro constituído por caracteres matemáticos, como queria Galileu ao situá-lo lado a lado com a Escritura, leva-nos a diversos problemas filosóficos, inclusive no que diz respeito às intrincadas relações entre a matemática e a física. Uma coisa, entretanto, é clara: ainda que se possa discutir em que sentido a matemática seria uma “linguagem”, ela certamente é passível, assim como as línguas naturais, de escrita, de leitura, de interpretação e de tradução. Não cabe aqui desenvolver uma hermenêutica ou uma semiótica das matemáticas (tarefa, aliás, que seria muito bem vinda); destaquemos apenas que, ao traduzir um autor, o tradutor nos abre caminho para que cheguemos mais próximos de um pensamento em sua versão original.

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Biografia do Autor

João F. N. Cortese, Departamento de Fisiologia – IB-USP – campus de São Paulo – Brasil & Laboratoire SPHERE – CNRS & Université de Paris (UMR 7219) – França

Doutor em Epistemologia e História da Ciência pela Université de Paris 7 e doutor em Filosofia pela USP (co-tutela). Possui graduação em Ciências Moleculares pela USP e Mestrado em História e Filosofia da Ciência pela Université de Paris 7. Pesquisador associado ao Laboratório SPHERE (Université de Paris e CNRS) e pesquisador do Núcleo de Bioética do Instituto PENSI / FJLES. Atualmente, é professor no Instituto de Biociências da USP, no Ibmec-SP e na Faculdade Paulo VI. Membro do Gnómon - Grupo de Ciências e Matemáticas gregas da Areté - Centro de Estudos Helênicos, do Núcleo de Estratégias em Planejamento Experimental e Reprodutibilidade (NEPER), da Association for the Philosophy of Mathematical Practice e da Associação Filosófica Scientiae Studia. De setembro de 2015 a agosto de 2016, participou do programa Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), tendo a CAPES como instituição de fomento. Trabalha nas áreas de história e filosofia da ciência e da tecnologia, atuando principalmente nos seguintes temas: relação entre matemática e filosofia; história dos conceitos de infinito e analogia; ética da inteligência artificial; história e filosofia da biologia; bioética. 

Fábio Maia Bertato, Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência – UNICAMP – Campinas – Brasil

Possui graduação em Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp - 2001) e Doutorado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp - 2008), junto ao Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE - Unicamp). Atualmente é Pesquisador, Membro e Diretor Associado do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE - Unicamp) na área de Epistemologia e História da Ciência. É membro da Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat) e da Sociedade Brasileira de Lógica (SBL). Outras atividades: Editor Associado da Coleção CLE (https://www.cle.unicamp.br/index.php/colecao-cle), Managing Editor da Revista Brasileira de História da Matemática (RBHM - http://www.rbhm.org.br/), Membro do Conselho Científico do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE - Unicamp), Coordenador-Adjunto e Gestor do Núcleo de Epistemologia do Instituto de Formação e Educação de Campinas (IFE Campinas - http://ifecampinas.org.br/) e Coordenador Principal do CCFT Working Group (http://bertato.wix.com/ccft). Possui experiência na área de Matemática, com ênfase em Lógica, atuando principalmente nos seguintes temas: Matemática, Lógica Matemática, História e Filosofia da Matemática, Ensino de Matemática, História da Ciência, Sistêmica, Ontologia Formal, Filosofia e Lógica da Religião.

Referências

JEAUNEAU, Édouard. 1960. Deux rédactions des gloses de Guillaume de Conches sur Priscien. Recherches de théologie ancienne et médiévale, Julho–Dezembro 1960, v. 27, 212–247.

OLIVEIRA, Zaqueu Vieira; BARBOSA, Gustavo. 2018. Sobre a Importância da Tradução na Pesquisa em História da Matemática. Revista Brasileira de História da Matemática, v. 18, n. 36, 1–9.

SALISBURY, Jean de. 1159. Metalogicon. Disponível em <https://parker.stanford.edu/parker/catalog/fs743fm9703>.

STEINER, George. 2003 [2001]. Gramáticas da Criação. Trad. Sérgio Augusto de Andrade. São Paulo: Globo.

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Publicado

17-11-2021

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Como Citar

CORTESE, João F. N.; BERTATO, Fábio Maia. As matemáticas lidas através de suas próprias palavras: uma cultura de tradução de textos originais de história da matemática. Revista Brasileira de História da Matemática, São Paulo, v. 21, n. 42, p. i-vi, 2021. DOI: 10.47976/RBHM2021v21n42i-vi. Disponível em: https://rbhm.org.br/index.php/RBHM/article/view/355. Acesso em: 21 dez. 2024.

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